O nascimento de um unicórnio é um acontecimento muito especial que acontece uma vez em cada milénio. Não julguem que é assim, sem mais nem menos, e que aconteça o que acontecer vamos contar com esta espécie no nosso planeta.
Não.
Os unicórnios vêm do mundo dos sonhos, do impossível, do aqui-nem-Freud-entra. A terra dos unicórnios é da cor que cada um de nós vê. Por isso, não vos vou impingir as minhas nuvens de algodão doce no qual saltitam estes seres: it’s up to you! Mas, saibam, que nunca devem subestimar o poder da força de vontade, do acreditar no ridículo e de não temer sonhar de olhos abertos.
Nunca.
O mundo dos unicórnios é daqueles que ousam, que não têm receio de ser o Salvador Sobral deste mundo, os desajustados lá do sítio, as ovelhas negras da família ou, aqueles que sempre que fazem um comentário sobre alguém, veem que têm essa pessoa mesmo atrás delas.
Deixem que vos explique.
Para que nasça um unicórnio, além do alinhamento dos planetas – Plutão incluído – é preciso contar com o poder dos sonhos cor-de-rosa, com o pó mágico das fadas, os beijinhos de esquimó e a visita da fada dos dentes e, algures neste mundo, uma multidão exultante no estádio com um golo de um qualquer Éder.
Sentiram?
A terra que estremece, as nuvens que se movem como num fast-forward de um filme, os raios de sol que aquecem os corações e, as mãos que acariciam o trigo.
Sim.
Quanto todos estes factores se dão em simultâneo, surgem, na mais remota das tundras, as criaturas místicas mais sonhadas do mundo.
Exercício de escrita desenvolvido no âmbito de um processo de seleção.