O som das gaivotas que te sobrevoam enche-te o coração de mar. Olhas para o véu cinzento que cobre a luz desta cidade e sentes os pés na areia, as campainhas das bicicletas, um riso estrondoso quando se abre a porta de um bar.
Olhas à tua volta para a geometria perfeita em busca de inspiração. Os prédios limpos, as esculturas que emolduram as janelas, uma cortina que se fecha com o teu olhar.
Andas pela rua como se fosse a tua casa, esquinas, escadas, metros que partem, cheiros e sabores. Aquele barulho ensurdecedor que puxa pelo melhor de ti, que faz encher os pulmões de coragem e expirar emoções sem fim.
A língua que te faz pertencer, a mistura que te faz sentir no lugar certo, o sorriso que te segura a porta, o toque nas costas para poder passar.
Barcelona cosmopolita, que mistura o castizo com o trendy, o Catalão e o Castelhano, as riscas amarelas e vermelhas que se expandem ou multiplicam.
Despertas deste sonho de olhos abertos com o cantar das gaivotas que partem, voam em direção ao mar. A tempestade passou para a terra e o sol volta a iluminar estes edifícios, e a aquecer a vida de quem por aqui passa, com as suas ilusões e ideais, com os sonhos de pequeno que se realizam, com o orgulho de uma cidade que não esquece.